Memória de Inverno
Tudo se revela em cores pastel
Como uma memória fustigada pelo tempo,
Assim como a copa das árvores balança
Despida do seu fulgor primaveril
E a chuva fria cai como lágrimas
Tornei-me um apêndice do Inverno...
Frio e austero ; desprovido de calor humano
desde que partiste e levaste
a tua fagulha de vida.
a tua dança de amor.
Sirvo apenas o meu propósito,
Não crio vida, apenas a condiciono
Pois sou um oposto do quero ser
E permaneço imóvel e resoluto…
Até um dia em que o ciclo mude
Porque estou farto
De testar a paciência dos homens,
De os subjugar a duras provações e miséria
Para depois adormecer
E sonhar com o dia em que vou florescer.