sexta-feira, 28 de março de 2008

Indomado

Hoje e mais que nunca aprendi o que é a saudade

Aprendi o que é a vontade de estar

Sem saber o que fazer

Sem o saber onde ficar


Vontade indomada de te rever

De te deixar entrar em mim

Sendo o meu corpo o teu baluarte

Sacia o teu desejo com a minha alma


E escrevo no teu corpo

Aquilo que me faz amar-te

Por entre cada cicatriz

Um beijo, uma palavra

Por entre os poros da tua pele

O meu amor, a minha vida


segunda-feira, 17 de março de 2008

Hoje e Amanhã...

Ainda o dia não tinha nascido e já tinha acordado. Os filamentos da terra dos sonhos ainda estavam presos ao meu corpo enquanto me sentava na cama. O meu quarto parecia uma cripta, que apenas se iluminava com a tua presença, e hoje mais só que nunca, o bafio deste mausoléu entorpecia e toldava o meu raciocinío.
Enquanto procurava os óculos na minha mesa de cabeceira, reparei que o teu perfume estava desvanecer lentamente do meu pijama, dos meus lençois. Sim, ainda não mudei os lençois que retêm o teu cheiro a côco e que nos abraçaram tantas vezes depois de nos entrgarmos um ao outro.
Acho que é o teu perfume que ainda me sustém antes de me ir deitar, que ainda me dá forças para não baixar os braços e aceitar o caminho mais fácil, o da derrota.
Levantei-me da cama e abri a porta para o mundo, e a casa estava na mesma; arrumada e cheirar a limpo como a tinhas deixado. As paredes nuas da minha casa pediam o teu toque, a tua graça com os poemas que tinha escrito. Ainda me lembro de te ter pedido pra mos escreveres nas paredes. Ainda me lembro de te dizer que hei-de fazer um poema só pra ti. Ainda me lembro de tanta coisa que não sei interpretar...
Quando cheguei á casa de banho para me preparar para um mundo hostil sem ti, ainda lá estavam as tuas coisas, que nem sequer vou mexer de modo a perdurar a memória de ti. Não pude evitar um suspiro, mas apenas uma semi-lágrima porque me impedi de chorar apesar de o sal limpar o meu rosto. Vou deixar as tuas coisas espalhadas por minha casa, para onde quer que olhe possa ver o teu sorriso e a tua aura.
Quando me despachei, sentei-me no sofá a fumar um cigarro e foi aí que tudo voltou para me atormentar... o medo de ti, de seres mais forte que eu, a insegurança de me entregar, a minha irredutibilidade de te aceitar como és e de como já mudaste a minha vida, o medo de seres algo mais importante do que possa imaginar e que te atravessaste na minha vida como um relampago a atingir o chão... descarregando toda a sua energia, pulsando no meu interior.

A memória da ultima noite juntos está viva como um quadro, um poema, um livro que basta apenas uma pequena contemplação para o reviver. Como todos aqueles que já nos foram subtraídos vivem sempre nos nossos corações.
Só te posso dizer que não sei onde está o amanhã sem te pedir perdão, onde está o amanhã se o hoje cessa de existir sem ti aqui, onde está o amanhã se o relógio parou e o calendário apenas me parece um aglomerado de numeros sem sentido. É bem provável que não te volte a ver, ou que não consiga chegar-me perto de ti, para te dizer que tinhas razão, para te dizer não sei bem o quê, para ficar apenas a olhar para ti sem que me vires a cara, para poder ver o teu sorriso mais uma vez, para dizer que te amo.
Sei que por muito que queira pode já não haver um amanhã para nós mas talvez na próxima vez, talvez na próxima vez, exista uma esperança para um velho cão. Pode ser que tudo mude, pode ser que possa viver de novo. Sem o receio de não ser compreendido, onde um dia possa entregar-me sem vaidade, sem arrogância, sem medo.

Será que é pedir demais poder voar?

sexta-feira, 7 de março de 2008

Supernova (A million exploding suns)

QUANDO É QUE ME VISTE VIVO?


Já me pediste demasiado do
Visceral fascinio no teu ser,
Já me fizeste amar-te pelo nós que há em mim

Já te disse que te odeio?
Nunca o suficiente
Nunca o que me provei

Não me provei pra te dizer que te AMO?
Mas...

AMO-TE
ODEIO-TE
AMO-te
Odeio-TE

Imprevisivel consciencia
Imaturo modo de vida
Cobarde meio de existência

Onde por ti vivo mais um pouco
O suficiente pra perceber que de irascível
Era um fado que soa como o meu

Odeio-te tanto...
por ter medo de ti

Amo-te tanto...
Por não teres medo de mim!







I'm Deranged

Funny how secrets travel
I'd start to believe if I were to bleed
Thin skies, the man chains his hands held high
Cruise me blond
Cruise me babe
A blond belief beyond beyond beyond
No return No return

I'm deranged
Deranged my love
I'm deranged down down down
So cruise me babe cruise me baby

And the rain sets in
It's the angel-man
I'm deranged

Cruise me cruise me cruise me babe

The clutch of life and the fist of love
Over your head
Big deal Salaam
Be real deranged Salaam
Before we reel
I'm deranged

And the rain sets in
It's the angel-man
I'm deranged

Cruise me cruise me cruise me babe

And the rain sets in
It's the angel-man
I'm deranged

Cruise me cruise me cruise me babe

I'm deranged

domingo, 2 de março de 2008

A caminho de plutão...


Partimos os dois em direcção ao infinito, sem apelo nem agravo. A coragem aliou-se á paixão. Esse é o segredo dos aventureiros. Deixámos tudo para trás enquanto riamos compulsivamente. Já parecia uma memória de outros idos. Tempos avulsos que esquecemos que apenas existem na terra dos sonhos.
Ainda tentei pensar em mim, mas o eu já não existia. Só existia o nós.