terça-feira, 15 de setembro de 2009

Intoxicado,
perco a razão constantemente
suponho racionalismos
em realidades imaginárias
Intoxicado duvido,
no que se apresenta factual
renuncio ao credo
imagino o idílico
Intoxicado,
uma plataforma curiosa
onde nada parece ser o que é.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Vaguear


Erro, aliás vagueio, mas sem saber para onde vou, sinto que volto sempre à partida. Ilusão de óptica já mo disseram, mas não creio. Existe um espaço que fica entre o hoje e o amanhã. Uma espécie de limbo entre o que fazemos e o que queremos fazer e é nesse espaço que me desloco. Não consigo distinguir nenhuma indicação para onde me devo dirigir e no entanto movo-me. Nau sem rumo e sem norte em constante motim.

De tanto tempo nestas andanças já devia de saber este andamento, mas a verdade é que nunca o aprendi e de cada vez que me perco parece-me sempre um dejá-vu, uma sensação de repetição, um eterno retorno. Contemplando Sisífo, padeço de um mal menor por comparação mas também eu estou preso ao meu tempo que no limbo do hoje para amanhã me parece infinito.

Como resignar-me a sofrer o desgaste do mesmo ciclo? Será que as rochas já se resignaram ao ciclo das marés e limitam-se à erosão? Será que o sol ou a lua já se resignaram ao seu eterno bailado? Talvez. Talvez então seja a hora de o aceitar. Como se nunca tivesse tido outra opção, inato. Pode ser então que algo mude e possa fugir à repetição do não saber onde nem como estar nem para onde ir e quando chegar. Expectante, pois a esperança é a ultima a morrer, mas pouco crente de um desfecho diferente. Até lá, erro, aliás vagueio.

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Meia Centena e Um

Meia centena de centelha
Metade de nada é igual a nada
Complexa equação matemática esta
Aquela a que de nada se subtrai o que não existe

sexta-feira, 13 de março de 2009

Amorfo

Sim sou egoísta,
Nunca te consegui compartilhar nem o farei
Ser nos à mais fácil deixar partir o desalento
Deixando-me para trás
Tenho por minha companhia apenas a eternidade

Sim, sou imaturo
Perene placebo
Embrião ou protótipo
Porque há coisas que não crescem
E não sei se posso, nem se possa vir a amar

Sim sou frio,
Ramo decepado, membro morto
Amorfo de razão ou sentimento
Irredutível orgulho ferido
Quem com ferros mata ferros morre







"I Never Came"

When you say it's dead & gone
I know you're wrong

Cut & slash, sharpest knife
It won't die

Poison cup, drank it up
It won't die

No fire, no gun, no rope, no stone
It won't die

Why you gotta shove it in my face
As if you put me in my place
Cause I DON'T CARE
If you or me is wrong or right
Ain't gonna spend another night,
In your bed...

Laws of man, are just pretend
They ain't mine

Love so good, love so bad
It won't die

Some talk too long, they know it all
I just smile & move on

Words ain't free, like you & me
I d'ont mind...

Why'd you have to be so mean & cruel,
The dogs are loose i'm on to you
You ball & ...
Chained together from the dawn to dusk,
Can't call it leavin, cause it's just

I never came....