domingo, 24 de janeiro de 2010

deixa-me algo...

Hoje foste embora lá de casa, e não deixaste nada. Absolutamente nada. Num uma escova de dentes ou uma peça de roupa, nem um tupperware esquecido. Nem deixaste o cheiro. É estranho pois sempre que vais deixas sempre algo para trás, e hoje não deveria ser excepção. No entanto já me habituei às tuas excepções, às tuas pequenas imperfeições que te compôem e que eu tento sempre integrar em mim. Mas nem essas imperfeições deixaste, nem uma carta, nem um beijo esquecido na almofada. Hoje quando chegar a casa,vou ter apenas uma ténue imagem de ti sentada no sofá, como memória. E como todas as pessoas sabem, as memórias desvancem com o tempo...

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