terça-feira, 3 de agosto de 2010
Monstro
"Ontem; quando acabaste de falar; já eu estava no meu mundo. No canto do ringue, armado até aos dentes, pronto a matar e morrer, pronto para sofrer as dores que trago no meu nome. Quando acabaste de contar a tua história, já as minhas entranhas estavam em ebulição e o rubor da minha face denunciava o meu mal estar. Dissimulei-me de modo a que não percebesses ou pelo menos assim tento acreditar. Fachada atrás de fachada compunha-se a cena e o cenário para que a minha personalidade se pudesse retraír e contorcer. Artífices de actor. Após uns minutos ficou apenas o meu ego a gritar-me palavras de ódio e de ordem. A espicaçar e atiçar a fogueira do ciúme. Esse monstro voraz que atormenta até o mais santo dos cânones.O Adamastor bem conhecido do homem, acompanha-o de pecado em pecado á espera de se tornar o oitavo mortal. Dramático egocentrismo este de se querer mais do que se deve."
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