terça-feira, 29 de junho de 2021

Ecos


Um cânone serve como pedaço de exaltação ou como a punição do sofredor. Um ruído que nos deixa mudos é o mesmo que nos preenche a alma. É composto de tudo o que não é tangivel mas tambem se acompanha da ideia ou imagem, junta-se ao fisico pelo bálsamo do idealista, a âncora do existencial, a exultação do crente. Irmanados na vertente humana.

Um transe hipnótico que perdura desde a criação da linguagem, a música da musa deixa enfeitiçado o mais comum pela beleza da sua pureza. Sem necessidade de razão desafia a lógica do raciocinio e expande a fronteira do mundo conhecido. 

Os ecos do primordial são o verdadeiro temor do trovão. E todo ele na sua magnitude é um verbo sem palavra, uma emoção banhada no abstracto. O vibrar da semente da existencia é o protótipo da linguagem perfeita.