domingo, 3 de outubro de 2021

enquanto dormem(s)

 dentre os tédios nocturnos e as horas vagas, permitem-se outros olhares no silêncio da minha fé. são idílicos ou provençais os verbos que escondo em mim enquanto cedo às rotinas de sentinela e são cripticos os meus julgamentos renegados pelo absurdo. que pene a alma pela sua fraqueza. 

envergonhado admito as ilusões de outros destinos para um amanhã que demora a espairecer. coloca-se a esperança de um nascer do sol que de novo apenas regista mais ciclo. aquele evento de calendário que repete um número até à eternidade. 

se é verdade que de noite sonho então o dia é carregado de insónia.